Geração de créditos de carbono em imóveis rurais

A possibilidade de gerar créditos de carbono em imóveis rurais é uma oportunidade crescente para produtores rurais que adotam práticas sustentáveis. Essencialmente, os créditos de carbono são uma forma de monetizar a conservação ambiental e a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE).

O que são e como funcionam?

Um crédito de carbono representa a redução ou remoção de uma tonelada de dióxido de carbono equivalente (Tco2 e) da atmosfera. A ideia é que propriedades rurais podem gerar esses créditos por meio de práticas que evitem o desmatamento, sequestrem carbono do solo ou reduzam as emissões, como o metano, por exemplo.

Esses créditos podem então ser vendidos no mercado de carbono, que pode ser:

Voluntário: Empresas e indivíduos compram créditos para compensar suas próprias emissões de forma voluntária, sem obrigação legal.

Regulado: Governos estabelecem limites de emissão para setores específicos. As empresas que excedem esse limite precisam comprar créditos para compensar, enquanto as que emitem menos podem vender seus excedentes. O Brasil está em processo de regulamentação do seu mercado de carbono.

Práticas que geram créditos de carbono no campo

Produtores rurais podem gerar créditos adotando diversas práticas sustentáveis, incluindo:

Plantio Direto e Rotação de Culturas: Essas técnicas melhoram a saúde do solo, aumentando sua capacidade de armazenar carbono.

Reflorestamento e Agroflorestas: O plantio de árvores em áreas agrícolas ou em áreas de preservação captura carbono da atmosfera. Projetos de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) são um exemplo.

Manejo Sustentável de Pastagens: Práticas como o manejo rotacionado podem aumentar o carbono estocado no solo.

Uso de tecnologias para redução de emissões: Isso inclui, por exemplo, o uso de biodigestores para tratar dejetos animais e gerar biogás, evitando a liberação de metano.

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF): Esse sistema combina atividades agrícolas, pecuárias e florestais na mesma área, otimizando o uso do solo e aumentando o sequestro de carbono.

Requisitos para gerar e vender créditos

Para que os créditos sejam válidos e possam ser comercializados, a propriedade rural precisa cumprir uma série de requisitos e passar por um processo rigoroso:

Documentação em dia: A propriedade deve ter a regularidade fundiária e ambiental comprovada, incluindo o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o georreferenciamento da área.

Elaboração de um projeto: O produtor precisa desenvolver um projeto detalhado, descrevendo as práticas sustentáveis que serão implementadas e como elas vão reduzir as emissões ou sequestrar carbono.

Verificação e certificação: O projeto e os resultados precisam ser validados e verificados por uma entidade certificadora independente e credenciada, que irá auditar a propriedade e quantificar os créditos gerados.

Registro dos créditos: Após a certificação, os créditos são registrados em uma plataforma ou banco de dados, o que garante sua autenticidade e evita a dupla contagem.

Uma alternativa para pequenos produtores, que podem ter dificuldade em arcar com os custos do processo individualmente, é se unirem em associações ou cooperativas para desenvolver projetos em escala maior.

Há três principais tipos de projetos de carbono aplicáveis ao agronegócio brasileiro:

· REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal): Projetos que remuneram produtores por manterem suas áreas de floresta nativa em pé, evitando o desmatamento. É a principal modalidade para áreas de reserva legal na Amazônia e no Cerrado.

· ALM (Agricultural Land Management): Projetos que capturam e armazenam carbono no solo por meio de práticas agrícolas sustentáveis, como plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e manejo regenerativo.

· Reflorestamento: Projetos que envolvem o plantio de árvores nativas ou exóticas para restaurar áreas degradadas, gerando créditos a partir do sequestro de carbono atmosférico.

Com a crescente demanda por créditos de carbono, o preço desses ativos deve subir nos próximos anos, tornando essa uma alternativa cada vez mais atrativa para produtores rurais. Segundo estimativas do setor, a valorização dos créditos pode ultrapassar 35% até 2030.

Para os produtores interessados em explorar essa oportunidade, o primeiro passo é realizar uma análise de viabilidade, verificando se a propriedade atende aos pré-requisitos exigidos.

E dado o nível de exigência e complexidade do mercado de carbono, contar com um desenvolvedor de projetos experiente faz toda a diferença para o sucesso da iniciativa. Empresas especializadas auxiliam desde a análise inicial até a certificação e comercialização dos créditos, garantindo que o produtor rural obtenha créditos de alta integridade, reconhecidos internacionalmente.

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